Um Brasil com potencial exportador de alimentos que vão muito além dos produtos de origem primária (commodities). Capaz de produzir e entregar uma variedade de iguarias saudáveis, inovadoras, produzidas em consonância com as melhores práticas de sustentabilidade e que podem compor receitas da alta gastronomia mundial. Esse é o cardápio que 34 empresas brasileiras apresentarão a compradores e potenciais parceiros estrangeiros em um pavilhão de 315m² durante a Summer Fancy Food Show, que ocorre em New York (Estados Unidos), de 23 a 25 de junho de 2019.

O evento é considerado a maior e mais importante feira comercial de alimentos gourmet e especiarias, produtos regionais, orgânicos e naturais dos EUA e reúne mais de 2,5 mil expositores de 54 países e 47 mil visitantes qualificados (importadores, distribuidores, representantes de restaurantes e serviços de alimentação). Com mais de 200 mil produtos alimentícios especiais em exposição, a Summer Fancy Food é considerada uma grande vitrine de lançamentos para os mercados americano e mundial.

Diversidade brasileira

Dentre os destaques de alimentos tipicamente brasileiros que a delegação apresentará na Fancy Food estão açaí, tapioca e castanhas. O leque de produtos também inclui bebidas alcoólicas e não-alcoólicas, frutas, vegetais, biscoitos, massas, pães, bolos, cereais, grãos, especiarias, doces, balas, confeitos, produtos congelados, comidas naturais e saudáveis, mel, própolis, chocolates, cafés especiais, polpas de frutas congeladas, panetones, alimentos tradicionais (feijoada, carne seca, mandioca) embalados a vácuo e condimentos orgânicos e sustentáveis.

A Apex-Brasil selecionou, dentre as 34 companhias que irão a New York, cinco empresas para a categoria “Vitrine”. Sabor das Índias, Nugali, Vapza, Petruz e Mister Bey foram escolhidas por uma banca curadora nacional e internacional para promover os atributos de sustentabilidade, inovação, criatividade e diversidade brasileiros no universo dos alimentos.

A Apex-Brasil apoia a participação brasileira na feira desde 2017. “O Brasil já está entre os líderes mundiais do agronegócio, com destaque para o café. Na Summer Fancy Food queremos mostrar que podemos ser também grandes provedores de diversos tipos de alimentos saudáveis e versáteis, como a tapioca e o açaí, além de um exportador cada vez mais completo de chocolates e alimentos gourmet”, diz Fernando Spohr, Gerente de Operações da Apex-Brasil na América do Norte.

Números

  • Dados do relatório “State of the Specialty Food Industry”, produzido pela Mintel e pela Specialty Food Association, organizadora da Summer Fancy Food Show, indicam que as vendas de alimentos especiais (specialty food) nos EUA alcançaram US$ 140,3 bilhões em 2017, o que representa crescimento de 11% em relação a 2015. Apenas no varejo, o crescimento foi de 12,9% (21% no comércio eletrônico). Em comparação, as vendas de alimentos em geral no varejo cresceram 1,4% no mesmo período.
  • Os fatores que potencializam o aumento da procura por alimentos especiais nos EUA são a introdução de novos produtos e a maior disponibilidade desses alimentos em varejistas maiores.
  • Alguns dados reforçam o potencial do Brasil como exportador de alimentos especiais:
  • Em 2018, segundo dados do Comex Stat, o Brasil exportou $3.8 milhões de tapioca hidratada e é o quarto maior exportador mundial do NCM (190300). Para os EUA exportamos $1.34 milhão de tapioca em 2018.
  • As empresas que produzem pão de queijo e são apoiadas pela Apex-Brasil exportaram $5.08 milhões em 2018, sendo $3.2 milhões para os EUA.
  • Segundo o Comex Stat, exportamos aproximadamente $29.3 milhões de açaí em 2018, sendo $20 milhões para os EUA.
  • Em termos de cachaça, segundo o Trade Map, exportamos $15.6 milhões em 2018, sendo $3.1 milhões para os EUA.
  • Trade Map também aponta que exportamos $116.1 milhões em castanha de caju em 2018, sendo $54.07 milhões para os EUA. O Brasil é o 13º maior exportador mundial do produto.
  • Ainda segundo o Trade Map, exportamos $42.9 milhões em castanha do Brasil em 2018, sendo $11.8 milhões para os EUA. Nesse segmento, o Brasil é o 3º maior exportador mundial.