A firma de investimentos Canary acaba de anunciar a captação de seu segundo fundo, no valor de $75 milhões, para investir em startups que operam no Brasil. Posicionada como o primeiro investidor institucional (participando de rodadas Série A ou seed), já investiu em 57 empresas desde o ínicio de suas operações, em 2017.
O closing do Canary Fund II fortalece o posicionamento da firma de VC no ecossistema brasileiro de startups – agora, com $120 milhões sob gestão e um time de 13 pessoas. “Um de nossos maiores objetivos quando levantamos o primeiro fundo (Canary Fund I, de $45 milhões) era ajudar as empresas investidas a partir da construção de uma rede relevante de empreendedores ao nosso redor. Ainda que esteja em seus primeiros anos, o Fund I está performando além de nossas expectativas iniciais”, diz Marcos Toledo, cofundador e managing partner do Canary.
Com o Canary Fund I, a firma investiu em 51 companhias. Desde julho deste ano, o recursos do Canary Fund II foram aportados em outros seis negócios – a expectativa é a de que o segundo fundo, assim como o primeiro, invista em aproximadamente 50 startups. As empresas investidas pelo Canary até agora já geraram mais de 1.400 empregos e levantaram mais de $400 milhões em rodadas subsequentes.
Nos últimos anos, o time do Canary cresceu de cinco para 13 pessoas, trabalhando em todo o país para encontrar os melhores empreendedores e empresas, criar uma forte rede de talentos, conexões corporativas e fundadores de startups. Outro dos principais esforços do time é coletar e avaliar dados que podem ser úteis para founders de investidas, como, por exemplo, a respeito de rodadas subsequentes ou do espaço para investimentos no ecossistema brasileiro de tecnologia. “Como os primeiros investidores, temos acesso à um grande número de informações, ainda quando as empresas estão em estágio inicial. Ao longo do tempo, vamos conseguindo retirar insights úteis sobre como melhorar nosso processo de análise de investimentos e também o suporte que damos para as companhias de nosso portfólio levantarem rodadas subsequentes”, explica Toledo.
Entre seus investidores, Canary Fund II conta com líderes de setores do Brasil, empresas globais de capital de risco e renomados empreendedores de tecnologia. “Como no Fund I, selecionamos nossos investidores para o Fund II considerando também o valor que eles(as) poderiam gerar para as empresas que investimos”, diz Patrick de Picciotto, cofundador do Canary. A ideia de criar uma firma ancorada por uma rede de contatos foi o conceito central por trás da fundação do Canary. “Bons empreendedores querem falar com bons empreendedores. Então queríamos contar com fundadores já provados pelo mercado como membros do Canary desde o primeiro dia”, acrescenta Marcos.
“Escolher o parceiro certo é um crucial quando se busca investimento. Há muito capital disponível no país atualmente, mas acreditamos que é preciso olhar para a expertise do investidor para que a relação se torne uma parceria de verdade. Essa conexão é ainda mais importante do que o dinheiro em si”, adiciona Mauricio Feldman, cofundador da Volanty, o primeiro marketplace digital para carros usados no Brasil (e primeiro investimento feito com o Canary Fund I). Um ano depois de levantar $19 milhões na rodada da Série A, liderada pela monashees, a Volanty anunciou uma rodada subsequente de $70 milhões, desta vez conduzida pelos fundos SoftBank e Kaszek. O Canary acompanhou ambas depois de liderar a rodada de capital semente da Volanty.
“Estamos animados em ver o capital disponível para empresas brasileiras aumentando, com a entrada de novos players. Contudo, a maior parte do capital ainda é alocado em estágios mais avançados de investimento. Ainda não há nenhuma outra firma de VC completamente focada nas primeiras rodadas de capital de risco institucional”, comenta Toledo.
Já a Buser, uma plataforma colaborativa de fretamento onde viajantes podem comprar passagem de ônibus por preços menores que os praticados pelo mercado, foi o 16º investimento liderado pelo Canary, em seu primeiro fundo. “Nós não tínhamos mais do que uma planilha naquela época”, diz Marcelo Abritta, cofundador da Buser. Em 2018, a startup levantou uma rodada de Série A liderada pelo Valor Capital. Neste ano, levantou uma rodada subsequente liderada pelo SoftBank (o Canary participou de ambas as rodadas seguintes). “Os primeiros investidores são os mais importantes para uma startup. No começo da empresa, o empreendedor precisa de apoio para colocar seu produto no mercado e testar a adesão. Depois que isso é feito, você consegue trabalhar no aperfeiçoamento e fortalecimento do seu produto para que ganhe tração no mercado”, explica Marcelo Abritta, cofundador da Buser.
Você pode dar uma olhada no portfólio do Canary no link: http://canary.com.br/companies
Sobre o Canary
O Canary foi fundado em 2017 para fomentar o ecossistema de startups de tecnologia do Brasil e preencher um espaço nos investimentos de venture capital. Agnóstica quanto às áreas de operação das startups que investe, a firma se posiciona como o primeiro investidor institucional das melhores companhias de tecnologia do país. Com uma abordagem hands-off (fundadores devem estar focados em seus negócios, não nos investidores), o Canary não só ajuda empreendedores com capital inicial, como também fornece auxílio na contratação de talentos, no desenvolvimento de conexões corporativas e captação de recursos.
Fundadores do Canary
O Canary tem orgulho em ser uma empresa criada por empreendedores para empreendedores:
Florian Hagenbuch e Mate Pencz, fundadores da Printi (adquirida pela Vistaprint) e Loft.
Marcos Toledo e Patrick de Picciotto, ex-sócios da M Square Investimentos.
Julio Vasconcellos, criador e CEO do Peixe Urbano (adquirido pelo Baidu), ex-gerente nacional da equipe de crescimento do Facebook no Brasil e EIR na Benchmark Capital. Atualmente é sócio-gerente da Atlântico, um fundo de capital de risco afiliado ao Canary.
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