Escolha por Miami, NEW York e Lisboa é baseada em qualidade de vida, valores atraentes e cultura local

Miami, Nova York e Lisboa estão sempre no topo das cidades mais procuradas por brasileiros para viver. Se você é um deles, a hora é esta. O mercado imobiliário destes grandes centros está em alta e não há sinais de desaceleração. Com o trabalho remoto instituído em decorrência da pandemia, teve início um movimento maior em busca de lugares com qualidade de vida, em que se gaste menos e seja possível comprar um imóvel por valores atraentes para morar ou mesmo para investir. Esse é o caso de Miami e Lisboa. Mas o que dizer de New York? Bem, a Big Apple é a cidade mais dinâmica e criativa do mundo, e está sempre no topo da preferência de qualquer emigrante brasileiro, independentemente do preço.

Com o perfil dos moradores do sul da Flórida mudando, o antigo estado dos aposentados é hoje um lugar muito procurado não só por brasileiros, mas também por americanos que buscam propriedades na região. Aqui não há imposto estadual, somente federal, o que impacta positivamente no custo de vida. Mais: a temperatura amena, o sol constante e o trabalho em home office atrai os que não querem mais viver em clima frio, pagando altos tributos. O valor do pé quadrado em Miami é um atrativo quando comparado a outras grandes cidades. Por exemplo: por cerca de $1 milhão é possível comprar propriedades de 1.000 pés quadrados, ao passo que em New York o mesmo montante equivale a um imóvel de 333 pés quadrados.

Por falar em New York, o mercado imobiliário por lá está em alta. Só em Manhattan o setor bateu recorde de $30 bilhões em negócios no ano passado. Mais de 15 mil contratos foram assinados, voltando aos níveis pré-pandêmicos, gerando muita demanda e consequente queda de estoques, que deve permanecer baixo em 2022. Isso significa que este ano deve ser ainda mais robusto para negócios com imóveis residenciais e comerciais. Não há sinais de desaceleração. Hoje, o preço médio de um apartamento em Manhattan é de cerca de $2 milhões. 

O valor das propriedades, aliás, é um grande atrativo em Lisboa. Lá, aposentados, empresários e profissionais liberais são tributados em apenas 20% sobre os rendimentos obtidos em Portugal. Outro atrativo da capital portuguesa é o valor baixo das propriedades quando comparado ao da maioria dos países europeus. Em média, o pé quadrado de imóveis de bom padrão vale 4,5 mil euros; já em Londres, o custo do pé quadrado é de 26,4 mil euros. Ano passado, a capital foi líder de investimentos no mercado imobiliário europeu.

Miami, um lugar para investir e morar

Há tempos o perfil dos moradores da Flórida vem mudando. Antes um lugar onde viviam aposentados, hoje se tornou um grande estado para investir e morar. A procura por imóveis deixou de ser feita por estrangeiros em sua maioria. Agora, americanos de todas as partes também buscam propriedades na região. Com a pandemia, surgiram novas definições de moradia para a família, que incluem saúde, espaço e segurança. Mais área em pés quadrados foi a grande mercadoria no aumento da demanda

Um dos motivos é o fato de que na Flórida não há imposto estadual, apenas federal, o que impacta positivamente no custo de vida.  A temperatura amena e o trabalho em home office, em decorrência da pandemia, atraem os que não querem mais viver em clima frio, pagando altos impostos.  O sul do estado se tornou uma atração, com sol permanente e eventos mundialmente famosos, como o Art Basel e a Fórmula 1 – que terá seu primeiro Grand Prix em Miami este ano –, lojas de grandes grifes, esportes aquáticos e proximidade com as Américas Central e do Sul.  

O valor do pé quadrado em Miami é um atrativo quando comparado a outras grandes cidades. Por exemplo, aqui cerca de $1 milhão pode comprar propriedades de mil pés quadrados, de acordo com o Relatório de Riqueza 2019 da Knight Frank. Já em Los Angeles o mesmo valor equivale a uma casa de 387 pés quadrados; em Nova York, de 333 pés quadrados; em Hong Kong, de 236 pés quadrados; e em Mônaco, de 172 pés quadrados. 

A alta demanda já pode ser percebida no estoque de residências unifamiliares, que somente em janeiro de 2021 diminuiu 45,8%. Daí seguiram-se meses consecutivos de valorização de preços no mercado deste tipo de imóvel. Assim, quando uma casa chega ao mercado há ofertas imediatas, compradores dispensam contingências de financiamento e oferecem o preço total pedido. Muitas vezes até um valor acima. 

Mesmo com a pandemia, o mercado imobiliário na Flórida se manteve forte em 2021, com aumento de 18% nas vendas de casas e 15% na de apartamentos em relação a 2020. E deve se manter assim em 2022, de acordo com especialistas. Segundo estudos, há cinco milhões de millenials completando 34 anos nos Estados Unidos, idade média da compra da primeira residência na América. Isto é suficiente para manter o mercado imobiliário aquecido. 

As condições do mercado têm sido baixas taxas de hipotecas – o que deve continuar, segundo sinalizações do Federal Reserve —, alta demanda de compradores e falta de estoque. Ano passado, o preço médio de venda de casas na Flórida foi de $305 mil, um aumento de 15,1% em relação ao ano anterior, e o de apartamentos foi de $230 mil, alta de 15% em relação ao mesmo período, segundo dados do Departamento de Pesquisa de Corretores de Imóveis da Flórida em parceria com associações de corretores de imóveis locais.

O crescimento de 18% ano a ano nas vendas de residências e 25% nas vendas de apartamentos em 2021 também foi acima da média. Recente relatório da S&P Dow Jones Indices (S&P DJI) dos Índices S&P CoreLogic Case-Shiller, principal medida de preços de residências nos Estados Unidos, mostra que o valor das casas continua a subir. O ganho foi de 19,5% no ano que terminou em setembro de 2021. Já Miami registrou um aumento de 25,2%.

Em New York, mercado em alta e recorde de negócios

New York (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)
New York (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)

O mercado imobiliário está em alta em New York. Depois de um ano difícil em que a cidade foi o epicentro da COVID-19, só em Manhattan o setor bateu recorde de $30 bilhões em negócios no ano passado. Mais de 15 mil contratos foram assinados, voltando aos níveis pré-pandêmicos.

No auge da pandemia, casais jovens e famílias com filhos optaram por bairros com mais espaços abertos e verdes, com maior qualidade de vida, fazendo com que os valores dos imóveis caíssem. Depois, com a diminuição dos casos de covid e a queda nos preços, teve início trajetória inversa: grande aumento na demanda por apartamentos depois que muitos decidiram voltar para a cidade. Nesse momento, a população já se sentia confortável ​​com a vida urbana novamente. 

O estoque ainda deve permanecer baixo em 2022, ou seja, este ano deve ser ainda mais robusto para negócios com imóveis residenciais e comerciais. Não há sinais de desaceleração. Hoje, o preço médio de um apartamento em Manhattan é de cerca de $2 milhões. No Brooklyn e no Queens, a situação não é diferente, tanto que as vendas de residências na Big Apple no terceiro trimestre de 2021 foi a maior dos últimos 32 anos – e apenas 18% dos negócios foram fechados com investidores.

A retomada foi em grande parte impulsionada pelo topo do mercado, mais precisamente compradores ricos adquirindo coberturas e grandes unidades de piso completo em novos empreendimentos. O estoque de novos empreendimentos despencou. Apartamentos novos com preços de $10 milhões ou mais foram vendidos com média de cem dias no mercado, de acordo com especialistas.

Diversidade, cultura, estilo… a cidade que nunca dorme, tantas vezes retratada em música e filmes, surpreendeu o mundo mais uma vez. Afinal, morar em Nova York continua sendo sinônimo de sucesso em qualquer idioma.

Lisboa: melhores preços de imóveis da Europa

Lisboa (Foto: Bert Kaufmann/Flickr)
Lisboa (Foto: Bert Kaufmann/Flickr)

Um grande número de brasileiros e europeus está se mudando para Portugal, num movimento que começou em 2013 e continua crescendo.  São aposentados, empresários, profissionais liberais, engenheiros, médicos, artistas etc., que se beneficiam do estatuto de RNH e são tributados em apenas 20% sobre os rendimentos obtidos no país. Os investidores ainda podem ter uma vantagem, pois os preços nos centros históricos de Lisboa estão se recuperando depois de anos de crise gerada pela falta de acesso ao crédito.

No ano passado, o custo dos imóveis subiu 11,7%. Já no ano anterior a valorização foi de apenas 3%. Havia uma tendência de desaceleração nos últimos tempos. Desde o final de 2018, quando a variação atingiu 16%, os preços das casas não subiam tanto, segundo o Índice de Preços Residenciais divulgado pelo site “Notícias ao Minuto”.

Outro atrativo da capital portuguesa é o valor das propriedades, baixo quando comparado ao da maioria dos países europeus. Em média, imóveis de bom padrão custam 4,5 mil euros por pé quadrado em Lisboa. Já em Londres o custo é de 26,4 mil euros/ft2, em Paris 13,6 mil euros/ft2, em Moscou 12,8 mil euros/ft2 e em Madri 7 mil euros/ft2.

Com clima ameno e situada a poucas horas de várias países europeus, a capital portuguesa é sempre lembrada como um bom destino para morar ou passar uma temporada. Em 2021, a cidade, cuja população vem diminuindo há três décadas, foi líder no investimento imobiliário europeu.