*Por Fernando Hessel

Muitas empresas independente do tamanho sempre buscaram de alguma forma se projetarem nos devidos mercados tanto no Brasil como nos Estados Unidos.

De uns tempos para cá devido ao enorme volume de ferramentas na internet e a popularização das redes sociais; muitos executivos de negócios foram seduzidos pelas enormes audiências engajadas na web.

O número de views e likes realmente chamam atenção para um alcance que jamais as redes de televisão inclusive das rádios FM pensaram em atingir um dia. Fora isso, a precisão dos dados e perfis de audiências obtidos digitalmente jamais foram tão ricos em detalhes.

Em meus 23 anos trabalhando numa importante emissora de tevê no Brasil sempre fui tido como uma pedra no sapato (sic) na planta organizacional e estratégica de negócios da empresa. A minha defesa era tentar reinventar o modelo de se fazer televisão, pois logo adiante surgia a internet que dava sinais claros de turbulência no mercado da comunicação. Mas, infelizmente, o conservadorismo de todo o investimento e outorgas governamentais conquistados com muito suor para se operar uma concessão; travavam qualquer diversificação na entrega do produto frente a este tabu da inovação.

Dito e feito, hoje as emissoras sofrem uma profunda crise comercial assistindo quase que imóveis a fuga das verbas publicitárias do negócio deles para o segmento online, a internet. Uma pesquisa recente da Digital AdSpend revelou que nos últimos quatro anos a verba publicitária para internet dobrou a cada ano. Nós estamos falando de uma fatia de investimento de mais de 14 bilhões de reais apenas em 2017. No mesmo período da pesquisa, os investimentos em TV recuaram; antes a média de participação girava em 80%, hoje trabalha-se no patamar de 53%.

Mas, então o que fazer com o online? Seria mesmo prudente investir em milhares de “alcances” (sic)?  Ou focar o seu investimento em publicidade numa audiência que converta em manutenção de marca e até mesmo em receita seria o ideal?

Está colocado então na mesa um tema que aprecio e entrego sem qualquer cobrança de cachê dos caros leitores. Acredito que o sucesso no direcionamento de investimento de mídia acontece apenas em ações escolhidas a dedo na internet e em revistas. Os jornais diários impressos e televisões já faliram; e se você duvida deste pensamento basta aguardar um pouco mais para comprovar mais esta profecia. Ninguém espera mais o jornal chegar na porta de casa ou fica sentado no sofá aguardando a notícia aparecer na sua tela. Hoje, o consumidor de conteúdos corre atrás da maneira e no tempo dele para se informar.

A minha recomendação é que invistam prioritariamente em mídias especializadas que tenham identificação com o seu negócio, mesmo que não haja enorme audiência; e se sobrar uma verba para “queimar” que usem para um bom oba-oba nas grandes massas. Fora isso, potencialize a sua marca fortalecendo os seus próprios meios de comunicação institucional; pois, quando o seu cliente te buscar você estará preparado para recebê-lo via qualquer meio de comunicação com informações claras que potencialize o seu negócio.

Sobre Fernando Hessel

Fernando Hessel é empresário formado em Jornalismo (UMC/SP) com MBA em Novos Negócios (ESPM/SP) e Diplomacia Brasileira (USP/SP). Foi diretor geral do SBT e TV BAND no Brasil. Criador do portal Canal24horas Brasil e América24horas nos EUA. É um aficcionado por novas mídias e aviação executiva; onde atua na Air Commander Aerospace como diretor Institucional, Marketing Content e PR.