*Por Margarida Gutierrez
O tombo britânico é maior do que qualquer outro país do G7 durante o surto do coronavírus no trimestre encerrado em julho. EUA, França, Alemanha e Itália tiveram quedas acima de 10%.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido registrou queda recorde de 20,4% no segundo trimestre, em comparação com os três meses anteriores, devido à crise gerada pela nova pandemia do coronavírus, indicou o Instituto Nacional de Estatística (ONS, na sigla em inglês). Com isso, o país entrou oficialmente em recessão.
Epicentro do coronavírus, Brasil lidera retomada econômica na América Latina
O Brasil, que enfrenta o surto de Covid-19 mais grave na América Latina, emerge com a recessão mais leve da região neste ano, graças à reabertura mais rápida da economia e medidas de estímulo temporárias.
Atrás apenas dos EUA como epicentro global do vírus, o país registrou desempenho acima expectativas de economistas em indicadores como produção industrial e vendas no varejo, em meio à retomada de operações das fábricas e bilhões em ajuda emergencial do governo.
Brasil pode ganhar R$ 2,8 trilhões com ‘economia verde’
O movimento de recuperação da economia, após o abalo provocado pela pandemia de covid-19, pode gerar dois milhões de empregos e adicionar R$ 2,8 trilhões ao PIB brasileiro, além de ajudar o País a se tornar mais resiliente às mudanças climáticas, caso os investimentos forem direcionados para uma economia mais verde. Isso representaria um crescimento de 38% em relação ao PIB de 2019, que foi de R$ 7,3 trilhões – é como incorporar uma Argentina aos recursos do Brasil. É a realidade que revela o estudo Uma Nova Economia para uma Nova Era, desenvolvido pelo WRI Brasil, com a UFRJ, ex-ministros de finanças do Brasil e executivos do Banco Mundial
*Margarida Gutierrez é economista e especialista em macroeconomia nacional e internacional Doutora em Economia pelo Instituto de Economia da UFRJ. Professora adjunta do Coppead/UFRJ e faz parte da área de Finanças e Controle do Instituto. Leciona as disciplinas de Macroeconomia no Mestrado do Coppead e nas graduações do Instituto de Economia/UFRJ e do IM/UFRJ. Sua área de pesquisa está concentrada no estudo da Macroeconomia Brasileira, em seus aspectos conjunturais e prospectivos. Redatora do Boletim de Conjuntura do Instituto de Economia/Coppead/UFRJ
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