Exportadores do país podem esperar um dólar a R$ 4,00 até o ano que vem, sem expectativa de redução, afirmou Carlos Thadeu de Freitas Gomes, chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC). A declaração foi feita na mesa de abertura do Enaex 2019, nesta quinta-feira. “O país atravessa um bom momento. O dólar não vai ficar abaixo de R$ 4,00. Os exportadores podem esperar um câmbio ao redor de R$ 4,20. A expectativa de que o dólar caia não vai acontecer”, disse.
Para José Augusto de Castro, presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a despeito dos indicadores sinalizarem desaceleração da economia mundial para 2020, o ano de 2021 será o ano de virada para o comércio exterior do Brasil, com destaque especial para as exportações de produtos manufaturados.
Castro acredita que as aprovações das reformas trabalhista, previdenciária e, possivelmente, tributária; as concessões realizadas e programadas no segmento de infraestrutura; a implantação do acordo de facilitação do comércio no final de 2018; e a finalização do portal único de comércio exterior são fatores que atraem investimentos produtivos e podem gerar condições para elevação da produtividade e ampliação da competitividade do produto brasileiro interna e externamente. “Todos sabemos que os problemas do Brasil são internos, assim como também as soluções, e sem reformas o Brasil não terá futuro, somente passado e ainda assim incerto”, analisou.
Também presente na abertura, Marcos Degaut Pontes, secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, ressaltou o papel relevante da economia nacional de defesa na implementação de uma estratégia efetiva para expandir o comércio exterior do país de forma produtiva e sustentável. “A economia de defesa e segurança é responsável por gerar 4% do nosso PIB. Se hoje temos alguns bens indispensáveis para nosso dia a dia é porque foram feitos investimentos na defesa e na segurança”.
Para Carlos Melles, presidente do Sebrae, embora o desenvolvimento econômico do país ainda seja tímido, os sinais de melhora já aparecem. “Temos que acreditar nas respostas do atual governo. A medida de desburocratização para as micro e pequenas empresas já foi um passo importante”.