A pedido da Comissão Federal de Comércio (FTC na sigla em inglês), uma corte federal temporariamente suspendeu e congelou os bens da Grand Teton Professionals, um alegado esquema de reparo de crédito que foi acusado de cobrar uma taxa como adiantamento e falsamente prometia consertar os créditos dos clientes. A companhia e outros envolvidos foram acusados de violar o FTC Act e vários itens do Ato de Organizações de Reparo de Crédito, as Regras de Venda do Telemarketing, o Ato de Justiça do Consumidor, o Ato de Confiança em Empréstimo, e o Ato de Transferência Eletrônica de Fundos.
De acordo com a queixa da FTC, desde 2014, dois dos acusados, Douglas Filter e Marcio G. Andrade, vinham operando um esquema ilegal de reparo de crédito que lesou clientes em pelo menos $6.2 milhões.
“Um bom crédito pode ajudar você a comprar um imóvel, obter um empréstimo para sua empresa ou financiar uma educação”, disse Andrew Smith, diretor do Escritório de Proteção ao Consumidor da FTC. “Essas companhias atacavam as pessoas que queriam limpar seus créditos fazendo falsas promessas e cobrando por taxas ilegais adiantadamente.”
As acusações da FTC revelam que os acusados, usando nomes comerciais como Deletion Experts, Inquiry Busters e Top Tradelines, usaram websites enganosos, emails não solicitados e mensagens de texto para aliciar clientes com falsas promessas de aumentar substancialmente os números de crédito dos clientes argumentando que removeriam todos os itens negativos e inconveniências dos relatórios de crédito dos clientes. Os acusados também falsamente argumentavam melhorar substancialmente os números do crédito com a promessa de adicionar os clientes como “usuários autorizados” para as contas de crédito de outros indivíduos, uma prática conhecida como adicionar “tradelines” ou crédito “piggybacking”. Na maioria das vezes, porém, os acusados não foram capazes de melhorar substancialmente os créditos dos clientes.
A queixa alega ainda que os acusados cobravam taxas ilegais como adiantamento e não providenciavam aos clientes as justificativas exigidas sobre seus serviços de reparo de crédito. Os acusados também aconselhavam os clientes a ludibriar os bureaus de crédito aos preencher falsos depoimentos de roubo de identidade e enganar os emprestadores ao dizer que eram usuários autorizados nas contas de outros indivíduos, de acordo com o FTC.
Em sua queixa, FTC acusa que, nos casos em que alguns clientes se queixaram da falta de resultados e tentaram exercer seus direitos legais para reaver o dinheiro cobrado ilegalmente como adiantamento, os acusados ameaçaram entrar com ação legal por violação de cláusulas contratuais de anti-depreciação e anti-chargeback. Os acusados ofereciam aos clientes a opção de financiar estas taxas onerosas, mas não cumpriam a parte deles de revelar as condições aos clientes. Quando os acusados processavam a cobrança das taxas, normalmente efetuavam transferência eletrônica de fundos das contas bancárias dos clientes sem a devida autorização. Os acusados geralmente usavam cheques criados remotamente de maneira ilegal para pagar pelos serviços de reparo de crédito que ofereciam através do telemarketing, conforme a queixa da FTC.
Sob os termos de ordem de restrição temporária ordenado pela corte, a companhia cessou temporariamente as operações e os bens dos acusados foram congelados.
As corporações acusadas são: Grand Teton Professionals, LLC; 99th Floor, LLC; Mait Management Inc.; Demand Dynamics LLC; Atomium Corps Inc. (uma companhia de Wyoming); Atomium Corps Inc. (uma companhia de Colorado); Startup Masters NJ Inc. (uma companhia de Wyoming); Startup Masters NJ Inc. (uma companhia de New Jersey); First Incorporation Services, Inc. (uma companhia de Wyoming); First Incorporation Services, Inc. (uma companhia da Flórida); e Douglas Filter e Marcio G. Andrade, acusados como indivíduos.
A queixa foi feita na Corte Distrital dos EUA no Distrito de Connecticut. A Comissão entra com uma queixa quando tem “razão para acreditar” que os acusados estão violando ou prestes a violar a lei e a parece ser um procedimento de interesse público, de acordo com a Comissão. O caso será decidido na corte.
A Comissão Federal de comércio trabalha para promover a competitividade e proteger e educar os consumidores. Você pode saber mais sobre tópicos do consumidor e entrar com alguma queixa online ou ligando para 1-877-FTC-HELP (382-4357).
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