A Ford anunciou nesta segunda-feira (11) que vai fechar suas três fábricas restantes no Brasil neste ano e assumir encargos antes de impostos de cerca de US$ 4,1 bilhões, como parte de uma reestruturação que a empresa afirma ser global e que já havia atingido em 2019 a histórica unidade da companhia em São Bernardo do Campo (SP).
A produção cessará imediatamente nas fábricas da Ford em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), com a produção de produção de alguns produtos sendo ainda mantida por alguns meses para sustentar os estoques para vendas de reposição. A unidade que monta o utilitário Troller, em Horizonte (CE), continuará operando até o quarto trimestre.
A maior das três fábricas da empresa fica no polo de Camaçari (BA), onde a empresa emprega cerca de 10 mil funcionários e fabrica os modelos Ecosport e Ka, afirmou um diretor do sindicato local, acrescentando que a unidade até agora tem trabalhado em dois turnos.
Fiesp: saída da Ford é alerta para o Brasil
A decisão da Ford de fechar suas fábricas no Brasil, depois de mais de 100 anos de atividade, é uma triste notícia para o país e um movimento que tem de ser olhado com atenção. A Fiesp tem alertado sobre a necessidade de se implementar uma agenda que reduza o custo Brasil, melhore o ambiente de negócios e aumente a competitividade dos produtos brasileiros. Isso não é apenas discurso. É a realidade enfrentada pelas empresas.
A alta carga tributária brasileira faz diferença na hora da tomada de decisões. O custo de cada automóvel produzido aqui, por exemplo, dobra apenas por conta dos impostos – e ainda há governantes que pensam no absurdo de aumentar tributos, como no caso da inacreditável alta do ICMS em São Paulo. Precisamos urgentemente fazer as reformas estruturais, baixar impostos e melhorar a competitividade da nossa economia para atrair investimentos e gerar os empregos de que o Brasil tanto precisa., finaliza a nota da entidade empresarial.
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