A taxa de tentativa de fraudes sobre o total de pedidos do comércio eletrônico brasileiro na Black Friday 2019 ficou em 1.14%, segundo balanço da Konduto, antifraude para e-commerces e pagamentos digitais. O número representa uma queda de 20.3% em relação a 2018, quando a taxa ficou em 1.43%, e também é inferior à taxa média anual no Brasil – 2.2% em 2018.
“A queda reforça a tese de que a ação dos criminosos não aumenta em períodos como a Black Friday. O que aumenta em uma data sazonal como esta é o número de pedidos legítimos no e-commerce, já que muitos consumidores se animam com as campanhas promocionais dos varejistas. Por outro lado, os criminosos cibernéticos não intensificam os seus golpes, o que acaba ‘diluindo’ a quantidade de pedidos fraudulentos”, diz Tom Canabarro, CEO e cofundador da empresa.
Considerando-se os quatro principais dias de promoções (quinta-feira, dia 28 de novembro, a domingo, dia 1º de dezembro), a Konduto analisou mais de 3.1 milhões de pedidos de cerca de 4 mil lojistas. Apenas na sexta-feira, principal dia de promoções, foram analisados cerca de 15 pedidos por segundo nos sistemas da empresa. O ticket médio dos pedidos ficou em R$ 445.55, quase a mesma quantia do ano passado (R$ 446.70).
Em relação ao volume financeiro, os pedidos analisados pela Konduto somados ultrapassaram a cifra de R$ 1.3 bilhão na Black Friday 2019. A tentativa de fraude sobre o total de transações ficou em 2.24% – o que significa que, a cada R$ 1 mil em pedidos, R$ 22.40 estavam relacionados a compras feitas por estelionatários. A taxa também aponta que a Konduto evitou mais de R$ 31 milhões em fraudes online ao e-commerce brasileiro.
Os segmentos com mais fraudes
O segmento de eletroeletrônicos foi o mais visado durante a Black Friday, com 4.8% de tentativas de fraude, o que manteve a tradição de criminosos concentrarem suas ações em produtos como smartphones, laptops e tablets, que possuem alto valor agregado e poder de revenda. Isso colaborou para que o ticket médio dos pedidos ilegítimos chegasse a R$ 879.35, quase o dobro do ticket médio geral.
O segundo lugar no ranking de fraudes por segmento ficou com o setor de turismo (1.6% de tentativas de fraude), seguido pelo setor de calçados (1.4%) e de saúde e cosméticos (1.27%). Por outro lado, eletrodomésticos (0.59%) e acessórios (0.41%) tiveram índices bem abaixo da média. Outro ponto positivo é o setor de esportes/lazer, que chegou a 2.89% de tentativa de fraude no ano passado e teve queda drástica, para 0.3%.
Os números da Black Friday 2019
Total de pedidos analisados pela Konduto
3.107.163
Total de lojas analisadas
Aproximadamente 4 mil
Volume financeiro analisado
R$ 1.385.323.062.04
Fraudes evitadas (em R$)
R$ 31.067.521.57
Taxa de tentativa de fraude (sobre o total de pedidos)
1.14%
Taxa de tentativa de fraude (por dia, por número de pedidos)
28/11 (quinta): 1.53%
29/11 (sexta): 0.97%
30/11 (sábado): 1.19%
01/12 (domingo): 1.05%
Taxa de tentativa de fraude (sobre o volume financeiro)
2.24%
Taxa de tentativa de fraude (por segmento)
1. Eletrônicos: 4.8%
2. Turismo: 1.60%
3. Calçados: 1.40%
4. Saúde e cosméticos: 1.27%
5. Livros: 1.00%
Ticket médio de pedidos na Black Friday
R$ 445.85
Ticket médio de pedidos fraudulentos na Black Friday
R$ 879.35
Tempo médio de análise automática Konduto
100 milissegundos (0.1s)
Tempo médio de análise automática + manual
14 minutos
Uptime dos sistemas da Konduto na Black Friday
E mais algumas curiosidades…
• 23h de sexta-feira foi o horário com mais pedidos, seguido por: 11h, 22h e 12h do mesmo dia
• 13h de sexta-feira foi o horário com mais pedidos suspeitos, seguido por: 17h, 23h e 22h do mesmo dia
• Sexta à tarde foi o período com as compras fraudulentas de maior ticket médio
• Sexta, entre 11 e 16h, foi o período com as compras legítimas de maior ticket médio
• Considerando a Cyber Monday, a Konduto processou, entre quinta e segunda-feira, 3.814.107 pedidos
• Ainda com a Cyber Monday, foram R$ 39.305.161.29 evitados em fraudes
Sobre a Konduto
A Konduto é a primeira empresa do mundo a monitorar todo o comportamento de navegação e compra de um usuário em uma loja virtual ou aplicativo mobile e, com uso de filtros de inteligência artificial, calcular em menos de 1 segundo a probabilidade de fraude em uma transação on-line. Além disso, o sistema também leva em consideração informações “básicas” da análise de risco, como geolocalização, validação de dados cadastrais e características do aparelho utilizado na compra (fingerprint), gerenciamento de regras condicionais e revisão manual. A empresa foi fundada em 2014 por Daniel Bento, Milton Tavares Neto e Tom Canabarro e, só em 2018, analisou o risco de mais de 128 milhões de pedidos, de mais de 2 mil lojistas, ajudando o e-commerce a evitar um prejuízo superior a R$ 3 bilhões em fraudes.
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