*Por Cyro Diehl
Há tempos esperamos uma reforma
tributária. É necessária para o avanço do Brasil e, em especial, para o avanço
de diversas pautas, como a desoneração da folha de pagamento e a facilidade das
empresas de estar em conformidade com seus encargos tributários.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o
Brasil gasta 2.600 horas por ano para cumprimento de obrigações de natureza
administrativa. Além da alta carga tributária, o empresário fica paralisado
diante de tanta burocracia, impedindo a sua capacidade de investimento e
produção.
Um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) divulgado
recentemente, aponta que dentre os 30 países que possuem a maior carga
tributária, o Brasil está nas últimas posições quando se fala de retorno em
serviços para a sociedade.
Ou seja, para o Brasil retomar seu crescimento econômico, é mais do que
necessário simplificar o processo tributário. A criação de um imposto único,
cobrado pelos três governos — o chamado Imposto de Bens e Serviços (IBS) —
parece ser o melhor dos mundos, mas, diante da complexidade que temos, o mais
sensato é iniciar pela unificação dos impostos federais. Vamos começar mais
simples!
Dentro desta linha, há sugestões de manifestos setoriais, como o da Associação
Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), que sugere a transferência de
pagamento de impostos federais como PIS/Cofins e IPI para o consumidor através
da cobrança de imposto nas operações de débito, crédito e pagamentos. Esta
medida reduziria, por exemplo, o preço dos brinquedos entre 5% e 6%, além de
fazer com que todas as vendas pela internet e a economia informal sejam
tributadas, eliminando a sonegação. Ou seja, uma emenda que beneficia a todos
igualmente, da economia ao consumidor.
A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping Center (Alshop), assim como o
Instituto Brasil 200, também vão nesta mesma linha de sugestão, pois assim o
imposto seria partilhado e não sobrecarregado. Vale ressaltar que a tributação
ideal em qualquer lugar do mundo é a neutra. Ela deve ter o menor impacto
possível na decisão do empresário e do cidadão. A segunda característica é que
seja simples, compreensível, que tenha normas claras e dê segurança ao
contribuinte. A terceira grande característica é que seja justa. Ou seja, que
considere a capacidade contributiva de cada um.
*Cyro Diehl é CEO na Taxweb, pioneira em
Digital Tax para o Compliance Fiscal das empresas.
Sobre a Taxweb (www.taxweb.com.br)
Pioneira em soluções de Digital Tax para o Compliance Fiscal das empresas, a
Taxweb foi fundada em 2009, trazendo todo o conhecimento e experiência de seus
profissionais na criação de tecnologias aplicados aos diversos processos da
área fiscal. Por meio de produtos e serviços, a Taxweb é capaz de agregar
inteligência e conhecimento aos seus clientes, de maneira eficiente, segura e
fundamentada nas exigências legais e regulatórias. Através de um portfólio
completo, seu objetivo é garantir compliance a todo processo fiscal para que as
empresas possam dedicar tempo às atividades de maior valor para o seu negócio.
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